Presidente dos EUA, Joe Biden, Apela por Cessar-Fogo em Meio ao Conflito em Gaza
No meio de sua campanha eleitoral, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um apelo urgente por uma “pausa” no conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, durante um discurso proferido na quarta-feira, em Minneapolis. O pedido veio após uma intervenção emocional de uma mulher que se identificou como rabina e pediu a Biden que buscasse um cessar-fogo imediato no tumultuado cenário em Gaza.
“Preciso que você peça um cessar-fogo imediatamente”, implorou a mulher, destacando a necessidade de interromper as hostilidades para permitir a retirada segura dos prisioneiros e facilitar a entrega de ajuda humanitária à população atingida. Em resposta, Biden concordou com a necessidade de uma pausa no conflito, expressando sua preocupação com a situação e o desejo de evitar mais derramamento de sangue.
A mudança de tom do presidente americano é notável, pois inicialmente ele havia expressado apoio a Israel, um aliado próximo dos Estados Unidos. No entanto, diante da crise humanitária em Gaza e do alarmante número de mortes de civis, Biden parece estar reconsiderando sua posição. Sua solicitação por uma pausa representa uma alteração sutil na política da Casa Branca, que historicamente evitou intervir diretamente nas operações militares de Israel.
O conflito em Gaza já dura semanas, resultando em um terrível saldo de vítimas. Desde os ataques iniciais em 7 de outubro, estima-se que 1.400 pessoas foram mortas e 239 estão atualmente detidas como reféns pelo Hamas. O Ministério da Saúde local reporta um total de mais de 8,7 mil mortes em decorrência dos ataques retaliatórios de Israel.
Após a intervenção da mulher no discurso, Biden reconheceu a complexidade da situação e as emoções que ela evoca, tanto para os israelenses quanto para o mundo muçulmano. Ele reiterou seu apoio a uma solução de dois Estados, uma abordagem que visa alcançar uma coexistência pacífica entre Israel e Palestina. Enquanto isso, em Gaza, o som ensurdecedor das bombas continua a ecoar, enquanto os civis enfrentam o medo constante da violência iminente, ilustrando a urgência de um cessar-fogo duradouro e a necessidade de ajuda humanitária para a região devastada.