Mulheres e IA: Disparidade de Uso

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Desafios de Confiança nas Mulheres com a Inteligência Artificial: Uma Análise Profunda

No mundo tecnológico em rápida evolução, o ChatGPT, um robô virtual de Inteligência Artificial (IA) da OpenAI, alcançou a marca impressionante de mais de 180 milhões de usuários. No entanto, há uma notável exceção a esse entusiasmo tecnológico. Harriet Kelsall, uma joalheira baseada em Cambridge, Inglaterra, não confia nesse recurso inovador.

Com sua luta contra a dislexia, Kelsall inicialmente considerou utilizar o ChatGPT para aprimorar sua comunicação com os clientes em seu site. No entanto, após experimentá-lo, ela descobriu imprecisões significativas. Ao questionar o chatbot sobre detalhes específicos da Coroa de Santo Eduardo, usada pelo rei Charles 3º em sua coroação, Kelsall notou informações incorretas e preocupações crescentes sobre a autenticidade do conteúdo gerado.

Harriet Kelsall

A desconfiança de Kelsall ecoa em muitas mulheres. Uma pesquisa realizada no Reino Unido mostrou que apenas 35% das mulheres usam IA em suas vidas pessoais ou profissionais, em comparação com 54% dos homens. Especialistas sugerem que essa disparidade de gênero pode ser atribuída a várias razões profundas e arraigadas.

Michelle Leivars, uma especialista em negócios em Londres, valoriza sua voz e personalidade, optando por evitar o uso da IA para preservar a autenticidade de sua comunicação com os clientes. Da mesma forma, Hayley Bystram, fundadora de uma agência de encontros em Londres, rejeita a IA em favor de uma abordagem personalizada e humana.

 

Além das questões de confiança, há preocupações mais profundas sobre a representação das mulheres no campo da IA. Jodie Cook, fundadora do Coachvox.ai, aponta que a falta de representação feminina nos campos científicos tradicionalmente dominados por homens pode impactar a confiança das mulheres na adoção de ferramentas de IA. Além disso, o psicólogo Lee Chambers observa que as mulheres podem temer que o uso da IA as faça parecer menos competentes, exacerbando os estereótipos de gênero já existentes.

Lee Chambers

Enquanto a IA continua a moldar nosso mundo, a desconfiança das mulheres destaca questões complexas sobre confiabilidade, autenticidade e igualdade de gênero no cenário tecnológico em constante mudança. O desafio agora é superar essas barreiras, promovendo uma aceitação mais ampla e equitativa da IA, onde a confiança e a autenticidade sejam priorizadas para todos.

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