Aspirador-robô: qual a diferença entre um modelo básico e um topo de linha?

g1 testou aspiradores com controle remoto, conectados e até um com limpeza automática do robô, que custava R$ 10.000. Guia de Compras: teste com aspiradores-robô
g1
Um aspirador-robô ajuda bastante na hora de manter a casa limpa. Porém, com tantas opções distintas de modelos, configurações e preços, a escolha parece complicada – já que hoje tem até equipamento com inteligência artificial e câmera integrada.
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O Guia de Compras testou três aspiradores-robô com recursos diferentes, para comparar seu desempenho e tentar entender se o preço faz muita diferença. Em 2021, o g1 avaliou outros nove modelos, mais simples.
Desta vez, os produtos foram encontrados por R$ 900 a até R$ 10.000 nas lojas on-line, no início de dezembro.
Foram testados:
Midea SmartBrush 1200, com controle remoto.
Positivo Smart Robô Aspirador Wi-Fi , com conectividade e que passa pano.
Samsung Jet Bot AI , um robô que tem seu próprio aspirador para limpar o depósito.
Todos os modelos levaram o mesmo tempo para limpar um apartamento de 40 metros quadrados: torno de 40 minutos – com autonomia para mais uma faxina completa no modo automático.
Veja os resultados a seguir e, ao final da reportagem, a conclusão.
Midea SmartBrush 1200
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O Midea SmartBrush 1200 é o aspirador-robô mais barato da lista. Tem uma base de carregamento com retorno automático após a faxina e conta com um controle remoto, sem recursos de conectividade.
Ele pode ser considerado uma evolução do modelo Smart VRA18B (veja o teste), apesar de não ter a função de passar pano.
🛒 Onde comprar o produto:
Veja no site do Magalu
Veja no site das Casas Bahia
Veja no site do Carrefour
Dá para ligar o aparelho direto pelo botão liga/desliga no topo do aspirador. Porém, o controle remoto com painel digital oferece funções adicionais – como movimentar o robô para os lados durante a limpeza.
E também algo que nenhum dos aparelhos do teste de aspiradores-robô de 2021 oferecia: programar faxinas pelo controle, mesmo sem ter wi-fi no aspirador-robô.
O aparelho conta com duas escovas giratórias nas laterais e uma principal, embaixo do aspirador. A limpeza do apartamento de 40 metros quadrados foi bastante eficiente.
No modo automático, o equipamento da Midea começa a limpar a casa a partir da base, indo a todos os cantos mais de uma vez.
No primeiro teste, o aspirador subiu o degrau de 2 centímetros de altura para limpar o banheiro sem problemas, mas parece que se “esqueceu” de ir até o dormitório principal. Mas, nas demais faxinas, o aspirador foi até o cômodo.
Midea SmartBrush 1200
Henrique Martin/g1
Pelo controle remoto, é possível alternar a limpeza para um modo de “ponto fixo” – um local mais sujo que os demais – e outro de “cantos e bordas”, para limpar esses locais com acesso mais difícil, principalmente em robôs de formato arredondado.
Controle remoto do Midea SmartBrush 1200
Henrique Martin/g1
O ruído do dispositivo é baixo, e não assustou os felinos da casa durante a limpeza. O produto tem 8 cm de altura, entrando embaixo de móveis sem problemas. Também conta com sensores de obstáculos, para o aspirador não cair de escadas.
A recarga completa da bateria demora mais que o modelo da Samsung, em torno de 4 horas.
A sujeira fica armazenada em um coletor de pó com capacidade para 800 ml de detritos – maior que o dos modelos Positivo e da Samsung.
A remoção do coletor é fácil – basta pressionar um botão na traseira do aspirador e a bandeja sai.
O filtro HEPA é lavável e o produto vem com um acessório que ajuda a limpar a escova principal. Tem até uma lâmina para cortar fios maiores que podem ficar enrolados nessa parte.
Positivo Smart Robô Aspirador Wi-Fi
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Dos três modelos do teste, o Positivo Smart Robô Aspirador Wi-Fi é o único que aspira e passa pano.
O aparelho vem com uma base de carregamento e inclui conectividade wi-fi, que permite controlar o equipamento pelo celular ou por um mordomo digital, como Alexa ou Google Assistente.
Nas lojas on-line, o Positivo Smart Robô Aspirador Wi-Fi custava R$ 1.500 em dezembro.
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A instalação do Smart Robô foi bastante simples – a Positivo migrou seu aplicativo para smartphone (funciona com iOS e Android) para uma nova plataforma de casa inteligente, diferente da usada no teste das lâmpadas da marca. Agora todos os dispositivos smart da Positivo rodam nessa nova plataforma.
O app Positivo reconheceu o aspirador rápido ao adicionar na lista de produtos, pediu a senha da rede sem fios e pronto, o produto estava conectado e pronto para usar. O aplicativo permite ativar o aspirador e criar rotinas – como limpar a casa todos os dias pela manhã.
Nesse momento, a Alexa já alertou no celular que um novo dispositivo foi adicionado à rede e que poderia ser acionado por comando de voz.
Aplicativo da Positivo para gerenciamento da casa inteligente
Reprodução
A limpeza no modo automático (chamado de “inteligente” aqui) funciona bem, mas o aparelho é o mais barulhento dos três durante o uso. Dá para limpar também em espiral, partindo de um ponto inicial, e também apenas os cantos.
O modelo da Positivo não entrou no banheiro, com degrau de 2 cm dividindo o ambiente. E, com 8,4 cm de altura, poderia entrar embaixo do sofá e de outros móveis, mas não fez isso.
Ao final do processo, o Positivo Smart Robô Aspirador Wi-Fi voltou sozinho para a base. A recarga completa da bateria dura em torno de 4h, como o modelo da Midea.
O aspirador-robô da Positivo tem um diferencial em relação aos outros equipamentos: ele vem com dois reservatórios.
Positivo Smart Robô Aspirador Wi-Fi : depósito de sujeiras fica embaixo da tampa
Henrique Martin/g1
O principal tem 600 ml de capacidade para coletar sujeira. Mas a Positivo inclui na caixa do produto um segundo coletor, de dupla função: tem uma parte para guardar a sujeira, com 380 ml, e outra de 200 ml para armazenar água – a ser usada na função de passar pano.
O processo de passar pano é similar aos modelos de aspirador-robô do teste de 2021. Ao aspirar/varrer e ao mesmo tempo passar água, ele realiza uma limpeza mais superficial que pegar um mop ou rodo com pano úmido e limpar a casa de forma manual.
A limpeza dos coletores também é bastante simples – basta abrir a tampa superior do aspirador, remover a caixinha (tem até uma alça para isso) e esvaziar no lixo.
Samsung Jet Bot AI
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O Samsung Jet Bot AI é um aspirador-robô que se limpa sozinho, graças a uma base com um coletor maior que aspira a sujeira após a limpeza da casa – e que pode durar até 3 meses sem ser trocado.
Ao final de cada faxina, ele volta para essa base, que ativa uma espécie de aspirador, que suga todos os detritos para um saco de maior capacidade.
Com sensores que mapeiam a casa, câmera que serve para monitorar o ambiente e seu sistema de autolimpeza, é um dos aspiradores-robô mais completos (e caros) à venda nas lojas da internet.
Em dezembro, ele era encontrado nas lojas on-line consultadas por R$ 10.000.
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Veja no site do Magalu
O controle é feito pelo aplicativo SmartThings, disponível para iPhone e Android, que comanda outros produtos da Samsung. Mas, se o dono quiser se esforçar um pouco, basta pressionar o botão de liga/desliga acima do dispositivo – ou o de retornar à base.
Samsung JetBot AI : aspirador ligado à base, que também aspira a sujeira do robô.
Henrique Martin/g1
O robô também funciona conectado aos assistentes do Google e da Amazon (Alexa) – com Alexa, a integração foi direta e sem problemas.
O Jet Bot Ai , graças aos sensores na sua frente e traseira (ele conta com um LIDAR, que cria um mapa 3D do local), consegue evitar e desviar de objetos no caminho.
O modelo limpa direito a casa toda e é um dos mais silenciosos do teste. Após criar um mapa de todo o ambiente, é possível definir nomes para as áreas e marcar zonas que não precisam ser limpas.
O design com ângulos retos na frente do aparelho ajuda a limpar bem os cantos, já que ele consegue “encaixar” e manobrar melhor para remover a poeira. Durante os testes, o robô não subiu o pequeno degrau do banheiro.
O produto utiliza um chip de inteligência artificial que, combinado aos sensores, ajuda a reconhecer objetos e desviar deles. Na teoria, se o cãozinho da família fizer caca na sala, o robô consegue identificar e dar uma volta, sem espalhar pela casa.
Foi curioso ver o processo de uso pela primeira vez, já que o modelo tem tantos sensores para avaliar o ambiente que parecia ter um pouco de “medo” ao encostar nas paredes, mais devagar – mas depois funcionou como os outros aspiradores-robô.
SmartThings: controle de energia e vigilância doméstica no aspirador da Samsung
Reprodução
A bateria não se esgotou no meio de nenhuma limpeza, mas ele levou quase 2h para recarregar por completo.
A sensação que deu usando esse aspirador mais caro que um notebook ou celular premium é que ele era demais para um apartamento pequeno: o módulo da base ocupa muito espaço, diferente de um aspirador-robô convencional que cabe embaixo de uma estante ou até mesmo de um sofá.
Mas a capacidade de poder vigiar a casa – e os gatos – de longe é um adicional muito interessante para o aspirador-robô, aqui mais robô dos “Jetsons” do que um mero auxiliar de limpeza.
O SmartThings informa – baseado no CEP do local – qual o consumo estimado em reais. Durante dois dias – após a descoberta do recurso e antes da devolução do produto – o aspirador consumiu 0,48 kWh, o equivalente a R$ 0,37 na conta de luz do mês.
Ao finalizar a faxina, o Jet Bot AI retorna sozinho à sua base, que tem uma torre com um saco de resíduos: ao encaixar no lugar certo, dá a impressão de que um aspirador de grande porte foi ligado por alguns segundos – e o depósito de sujeira do robô se esvazia de forma automática, fazendo um barulho bem mais alto que o do próprio robô.
JetBot: como a limpeza do robô é feita pela base
Reprodução/Samsung
A tampa superior do robô sai e mostra o depósito interno de 200 ml do aspirador – essa parte, além dos filtros, pode ser lavada. O saco de poeira da base precisa ser trocado, segundo a Samsung, entre 1 e 3 meses. Um kit com 5 sacos custava R$ 99 em dezembro.
Conclusão
LADO A LADO: os aspiradores-robô seguem como auxiliares da limpeza, que foi uma das conclusões do primeiro teste feito pelo Guia de Compras, em 2021.
Comparando os resultados dos três aspiradores – em um apartamento que requer aspiração diária por causa de dois gatos e várias construções no entorno –, ficou tudo muito parecido.
Com mais ou menos recursos, eles mantiveram a sensação de “a casa estava limpa, de onde veio tanta sujeira de um dia para o outro?”.
Na relação custo/benefício, o aspirador-robô da Midea acaba sendo uma melhor escolha, mesmo não tendo wi-fi ou assistente digital – o controle remoto resolve parte dessa ausência.
O modo de passar pano segue um recurso opcional na hora da escolha, já que o rodo ou mop ainda são mais eficientes.
DE OLHO NAS VERSÕES: dois dos modelos testados têm versões distintas, muito similares e com variações nos preços.
O aspirador da Positivo tem um modelo igual, sem o tanque extra, chamado Smart Robô Aspirador Wi-Fi, e que é vendido nas lojas da internet pela metade do preço, em torno de R$ 800. Avulso, o tanque sai por R$ 200, e o pano de limpeza, por R$ 50.
Na ponta do lápis, compensa mais comprar esse modelo mais barato – já que o completo era vendido por R$ 1.500 nas lojas on-line.
Já o Samsung tem uma versão mais simples, chamada JetBot , também com a estação de esvaziamento automático de sujeira, mas com menos recursos, sem o chip de inteligência artificial, e que custa em torno de R$ 8.000 nas lojas on-line.
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