PF investiga Carlos Bolsonaro

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O que se sabe e o que ainda não se sabe sobre a ‘Abin paralela’ investigada pela PF
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Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão em investigação sobre a Abin durante governo Bolsonaro

Na última segunda-feira (29/1), a Polícia Federal (PF) está executando mandados de busca e apreensão em diversas localidades do país, em uma operação que visa avançar nas investigações sobre a atuação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os oito mandados estão sendo cumpridos em cidades como Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Formosa (GO) e Salvador (BA). Segundo informações da imprensa brasileira, um dos alvos dessas diligências é Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente e vereador pelo partido Republicano no Rio de Janeiro.

As autoridades estão autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a realizar busca e apreensão tanto no gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro quanto em uma residência na cidade, conforme relatado pelo jornal Folha de S.Paulo.

A investigação da PF foca em possíveis atividades ilegais da Abin durante a gestão de Alexandre Ramagem, próximo à família Bolsonaro, especialmente a Carlos.

A suspeita é de que uma organização criminosa possa ter operado dentro da Abin para monitorar opositores da família Bolsonaro e proteger os filhos do então presidente de investigações.

Nesta nova fase da operação, a Polícia Federal busca identificar os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas de maneira ilegal pela agência de inteligência do governo federal.

Os investigados podem ser acusados de crimes como invasão de dispositivo informático, organização criminosa e interceptação de comunicações sem autorização judicial, conforme declarado pela própria PF.

O software de espionagem FirstMile, desenvolvido pela empresa israelense Cognyte, é central nas investigações. Segundo apurações, o software poderia ter sido utilizado para rastrear e monitorar dados de geolocalização de celulares, inclusive de membros do Supremo Tribunal Federal (STF), jornalistas, advogados e políticos durante o governo Bolsonaro.

A aquisição do programa ocorreu sem licitação durante a gestão de Michel Temer, mas teria sido amplamente utilizado durante o governo Bolsonaro, de acordo com a PF.

As autoridades alegam que esse monitoramento é ilegal, exigindo autorização judicial para sua execução.

Em nota, a Abin informou que uma sindicância investigativa foi instaurada sobre o assunto e que as informações estão sendo repassadas à Polícia Federal e ao STF. O Exército, que também adquiriu o software, não comentou o caso.

Enquanto isso, em uma transmissão ao vivo ao lado de seus filhos, o ex-presidente Jair Bolsonaro negou a existência de uma “Abin paralela” para espionar adversários.

Fotos: Divulgação

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