Publicado em
27/07/2021 16h46
Atualizado em
27/07/2021 17h01
Na estreia do surfe nas Olimpíadas o brasileiro Ítalo Ferreira ficou com a medalha de ouro
Publicado em
27/07/2021 16h46
Atualizado em
27/07/2021 17h01
Uma madrugada de emoções trouxe ao país duas novas medalhas. Uma de bronze, na natação e a primeira de ouro no surfe. Com isso, o país alcançou cinco medalhas, até agora, nos Jogos Olímpicos.
A primeira medalhada de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio foi conquistada pelo surfista Ítalo Ferreira, nesta terça-feira (27). O atleta recebe o Bolsa Pódio, a principal categoria do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal. Ítalo Ferreira entra para a história como primeiro campeão olímpico do surfe já que a modalidade estreou nessa edição dos jogos olímpicos.
“Competição é sempre um desafio, a gente vai entrar e fazer o melhor, mas no meio do caminho tem diversas barreiras, a gente tem que superar e acreditar até o final”, disse o surfista Ítalo Ferreira sobre a conquista.
O campeão disse esperar que a medalha de ouro inspire outros jovens brasileiros. “Espero que sirva de inspiração para todos que têm sonhos, que vem de baixo, e que acreditem até o final, que foi o que fiz, e aproveitar todas as oportunidades da vida”, afirmou. Ítalo tem 27 anos e é o atual campeão mundial. Ele veio de Baía de Formosa, no Rio Grande do Norte.
Com a inclusão do surfe no programa dos Jogos, a modalidade passou a integrar o Bolsa Atleta. Nesse ciclo, o investimento direto na modalidade foi de R$ 1,4 milhão, valor suficiente para a concessão de 56 bolsas para praticantes do surfe.
A Bolsa Pódio prevê repasses de R$ 5 mil a R$ 15 mil para os atletas que se colocam entre os 20 melhores do mundo e comprovam resultados internacionais consistentes.
Na natação, o atleta militar Fernando Scheffer, terceiro-sargento do Exército, também garantiu uma medalha para o Brasil e trouxe a natação de volta ao pódio olímpico. O gaúcho de 23 anos levou o bronze nos 200 metros livre.
O nadador é mais um medalhista que tem o Bolsa Pódio e desde 2018 integra o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR), do Ministério da Defesa. A medalha de bronze dele é a primeira que o Brasil conquista na natação desde os Jogos de Londres, em 2012. E a primeira na prova desde a prata com Gustavo Borges, em Atlanta, em 1996.
A estreia do Brasil na natação em Jogos Olímpicos ocorreu em 1920, na Antuérpia. Mas foi apenas na edição de Helsinque, na Finlândia, em 1952, que Tetsuo Okamoto inaugurou a história de medalhas conquistadas por brasileiros, com um bronze nos 1.500m livre. No total, a modalidade já rendeu 13 pódios ao país, sendo uma medalha de ouro, quatro de prata e oito de bronze.
No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, a natação recebeu investimento do Bolsa Atleta, de R$ 23,7 milhões, utilizados para a concessão de 1.189 bolsas. Dos 26 nadadores em Tóquio, 25 estão atualmente ligados ao programa de patrocínio individual do Governo Federal.
O PAAR foi criado em 2008 com o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível. Atualmente, é integrado por 551 militares atletas em 30 modalidades. Desse total, 92 embarcaram para Tóquio. Com esse número, a equipe brasileira que disputa medalhas tem mais de 30% de atletas militares. São 44 da Marinha, 26 do Exército e 22 da Aeronáutica.
Os atletas militares contam com os benefícios da carreira militar como soldo, assistência médica, acompanhamento nutricional e de fisioterapeuta. Além de estruturas esportivas adequadas para treinamento em organizações militares.
O Governo Federal é o maior patrocinador do esporte olímpico e paralímpico no país, com um investimento anual superior a R$ 750 milhões. Nesse valor estão abrigados o tripé que hoje representa a maior fonte de investimento do esporte brasileiro, formado pela Lei das Loterias, Bolsa Atleta e Lei de Incentivo ao Esporte.
Para 2021, o Bolsa Atleta possui um orçamento de R$ 143,4 milhões, o que permitiu um número recorde de atletas: 7.197 brasileiros. Somam-se a eles outros R$ 36,72 milhões voltados a 274 atletas apoiados pelo último edital da Bolsa Pódio, destinada aos que se posicionam entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade.
As outras três medalhas de atletas brasileiros são no skate e judô.
Kelvin Hoefler – o skatista conquistou a primeira medalha do Brasil em Tóquio, ao levar a prata na categoria street. O paulista de Itanhaém recebe o Bolsa Atleta na categoria Pódio, destinada aos que se posicionam entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade.
O skate foi integrado ao Bolsa Atleta a partir da inclusão da modalidade nas Olimpíadas e recebeu R$ 3,2 milhões para o ciclo. Com os recursos, foram concedidas 65 bolsas para atletas da modalidade.
Daniel Cargnin – a segunda medalha, de bronze, foi conquistada pelo judoca gaúcho de 23 anos na categoria peso meio-leve, até 66 kg. O 3º Sargento da Marinha Daniel Cargnin é o primeiro militar atleta a subir no pódio nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão. Ele integra o Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas e também recebe o Bolsa Atleta na categoria Pódio.
O judô é o esporte individual que mais rendeu medalhas ao Brasil na história dos Jogos Olímpicos. São 23, com quatro de ouro, três de prata e 16 de bronze. Para Tóquio, a delegação brasileira conta com 13 esportistas, sendo que 11 fazem parte do Bolsa Atleta. No ciclo Rio–Tóquio, o judô brasileiro recebeu investimento direto, via Bolsa Atleta, de R$ 16,2 milhões para concessão de 1.056 bolsas para praticantes do esporte.
Rayssa Mendes Leal – Rayssa Leal, a Fadinha, conquistou a medalha de prata, também no skate, na categoria street. A maranhense de apenas 13 anos tornou-se a brasileira mais jovem a receber uma medalha olímpica. É tão nova que não atende, ainda, os requisitos do Bolsa Atleta, que exige idade mínima de 14 anos para os patrocínios.
Com informações do Ministério da Cidadania