Publicado em
02/08/2021 11h35
Das 10 medalhas, nove têm marca do Bolsa Atleta, programa de incentivo de patrocínio individual do Governo Federal
Publicado em
02/08/2021 11h35
O Brasil está fazendo história nas Olimpíadas. Superação, feitos inéditos e superação estão na lista das conquistas. Nos últimos dias foram conquistadas medalhas na natação, tênis e ginástica artística. Já são 10 medalhas conquistadas, nove tem a marca do Bolsa Atleta, programa de incentivo de patrocínio individual do Governo Federal. Até o momento, sete medalhistas fazem parte da categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta, voltada para quem se posiciona entre os 20 melhores do mundo em suas modalidades e prevê repasses mensais que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil.
De acordo com o Ministério da Cidadania, o Governo Federal repassou R$ 5,11 milhões para nove dos dez medalhistas nacionais desde 2005. Levando em conta apenas o ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, são R$ 3,53 milhões investidos diretamente via Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
Dos competidores, 242 (80%) recebem o Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal. Se o futebol masculino for retirado da conta, o percentual sobe para 86%.
Um incentivo que fez diferença para o nadador Bruno Fratus, de 32 anos, que ganhou a medalha de bronze nos 50 metros livre com 21s57, no último fim de semana em Tóquio. O esportista recebe o Bolsa Pódio. “Acho que, pelo menos para mim, o Bolsa Atleta foi crucial nesses últimos cinco anos onde, depois da Olimpíada do Rio eu perdi absolutamente todos os patrocínios que eu tinha”, disse.
“Hoje eu sou medalhista olímpico, mas eu já passei por algumas situações onde num domingo você está nadando uma final olímpica e numa segunda-feira você não tem mais nada entrando. Então, o Bolsa Atleta é o que segura a gente nesses momentos também e é o que que te dá tranquilidade, você sabe que está lá por você. Você tem o lastro do Governo Federal do Brasil te ajudando, te incentivando e te empurrando para frente.
Então, para mim, incentivos como o Bolsa Atleta e a Lei de Incentivo ao Esporte é algo que é vital para o esporte. O esporte brasileiro não respiraria sem esses programas”, afirmou
O Bolsa Atleta faz parte do tripé formado ainda pela Lei das Loterias e Lei de Incentivo ao Esporte que tornam o Governo Federal no maior patrocinador esporte olímpico e paralímpico no país, com um investimento anual superior a R$ 750 milhões.
Bolsa Atleta – o programa divulgou esse ano a maior lista de esportistas patrocinados com 7.197 contemplados e um investimento de R$ 143,4 milhões. Outros 274 atletas pela Bolsa Pódio com recursos de R$ 36,72 milhões.
Lei das Loterias – em 2020, a Lei das Loterias destinou, apenas ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), R$ 292,5 milhões e outros R$ 163,1 milhões foram repassados pela mesma lei ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Lei de Incentivo ao Esporte – no ciclo olímpico, entre 2016 e 2021, a lei teve 699 projetos voltados ao alto rendimento aprovados para captação de recursos. O valor captado neste período foi de mais de R$ 640 milhões.
A ginasta Rebeca Andrade é a primeira brasileira a subir duas vezes no pódio na mesma edição dos Jogos Olímpicos e a única campeã olímpica da ginástica artística feminina nacional. No último domingo ela recebeu o ouro na prova do salto. A paulista de 22 anos já havia ganhado a prata na ginástica individual e é uma das seis integrantes da seleção de ginástica artística classificada para Tóquio que recebe a Bolsa Pódio.
“No individual, a medalha representou todo mundo, todas as gerações das ginásticas do Brasil. Foi um orgulho enorme”, disse. “É sempre o que vou buscar fazer, dar orgulho para as pessoas, para minha família e para mim”, declarou.
No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, a ginástica artística recebeu do Governo Federal investimento direto de R$ 7 milhões via Bolsa Atleta, que possibilitou a concessão de 256 bolsas.
Pela primeira vez na história, o tênis brasileiro recebeu uma medalha em Jogos Olímpicos. O bronze foi conquistado pelas paulistas Laura Pigossi, de 26 anos, e Luisa Stefani, de 23 anos. As duas derrotaram, de virada as russas Elena Vesnina e Veronika Kudermetova
Um feito inédito que não será esquecido até porque as duas só tiveram confirmada a presença nos Jogos Olímpicos na data limite para que a chave de duplas de Tóquio fosse fechada em 16 de julho. “É uma emoção gigantesca. É difícil descrever o sentimento de subir no pódio com o uniforme do Brasil e poder sentir a medalha pesando no pescoço”, declarou.
O Brasil competiu com sete atletas no tênis nas Olimpíadas de Tóquio, e cinco deles recebem o Bolsa Atleta: João Menezes, Thiago Monteiro, Marcelo Melo, Luisa Stefani e Marcelo Demoliner. Laura Pigossi, que mora em Barcelona, na Espanha, não recebe o incentivo. No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, a modalidade recebeu investimento direto de R$ 3,6 milhões.
Medalhistas
Ítalo Ferreira – surfe, medalha de ouro. Bolsa Pódio
Receba Andrade – medalha de prata na ginástica e ouro no salto. Bolsa Pódio
Luisa Stefani – dupla de tênis, medalha de bronze. Bolsa Atleta Internacional
Laura Pigossi – dupla de tênis, medalha de bronze. Não recebe o Bolsa Atleta
Rayssa Leal – skate streete, medalha de prata. Com 13 anos, não integra o programa. A idade mínima para fazer parte do Bolsa Atleta é 14 anos.
Daniel Cargnin – judô, medalha de bronze. Bolsa Pódio
Mayra Aguiar – judô, medalha de bronze. Bolsa Pódio
Kevin Hoefler – skate street, medalha de prata. Bolsa Pódio
Fernando Scheffer – natação, medalha de bronze. Bolsa Pódio
Bruno Fratus – natação, medalha de bronze. Bolsa Pódio
10 medalhas, 11 medalhistas. 8 recebem Bolsa Atleta. 9 modalidades premiadas com algum incentivo do Bolsa Atleta (skate street, 2 judô, 2 natação, dupla de tênis, ginástica, salto, surfe)
Com informações do Ministério da Cidadania