NOTA DE REPÚDIO – Incêndio da Cinemateca Brasileira

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CEPC/PE

O Conselho Estadual de Política Cultural de Pernambuco (CEPC/PE) vem a público repudiar veementemente o descaso que o Governo Federal vem assumindo com a Cultura do nosso País, tendo como mais recente exemplo o que aconteceu com a Cinemateca Brasileira, com sede em São Paulo.

O incêndio ocorrido neste 29 de julho de 2021, no edifício da Cinemateca na Vila Leopoldina, é resultado do descaso e do abandono que esta instituição, guardiã da memória cinematográfica brasileira, vem sofrendo, assim como outras instituições e órgãos importantes para a Cultura Nacional.

E é lamentável para o estado de Pernambuco que um dos responsáveis por essa destruição cultural e pelo incêndio da Cinemateca seja Gilson Machado Neto, Ministro do Turismo. Um político pernambucano que poderia estar fomentando a cultura nacional, mas é hoje o grande mensageiro e um dos responsáveis pelo sucateamento e destruição da Cinemateca, da Fundação Palmares e da Funarte. O pior Ministro da história do Turismo e da cultura. Ele tem a caneta na mão e deixou a Cinemateca pegar fogo sem nada fazer.

O Ministério Público Federal e os Trabalhadores da Cinemateca alertaram que o acervo estaria correndo risco de incêndio e de perdas inestimáveis, mesmo assim nada foi feito.

No dia 8 de agosto completará um ano da demissão de todo o corpo técnico da Cinemateca Brasileira, que, deliberadamente, foi abandonada ao acaso e às intempéries.

Segundo Carta divulgada pelos Trabalhadores da Cinemateca, foram perdidos arquivos de órgãos extintos do audiovisual brasileiros, como “parte do Arquivo Embrafilme – Empresa Brasileira de Filmes S.A. (1969 – 1990), do Arquivo do Instituto Nacional do Cinema – INC (1966 – 1975) e Concine – Conselho Nacional de Cinema (1976 – 1990), além de documentos ainda em processo de incorporação”; também foram consumidos pelo incêndio parte importante do arquivo Tempo Glauber e do acervo da biblioteca de Glauber Rocha, várias cópias e matrizes de filmes 35mm, filmes documentais, filmes de ficção, filmes domésticos, “além de elementos complementares de matrizes de longas-metragens, todos estes potencialmente únicos”.

Um crime à memória nacional. Um dano irreparável à nossa cultura e à nossa história.

É importante que saiamos do estado de repúdio e perplexidade diante de tamanho descaso e é preciso que os responsáveis sejam localizados e punidos.

Estamos atentos e fortes na defesa da memória de nosso país.

Jocimar Gonçalves


Presidente do Conselho Estadual de Política Cultural de Pernambuco (CEPC/PE)

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