- Author, Adam Durbin e Jaroslav Lukiv
- Role, BBC News
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Os corpos de seis reféns sequestrados pelo Hamas foram localizados na Faixa de Gaza, informaram as Forças de Defesa de Israel (IDF, por sua sigla em inglês) neste domingo (1/9).
Em um comunicado, as forças israelenses apontaram que os corpos estavam em um túnel localizado sob a cidade de Rafah.
As IDF identificaram os corpos encontrados como sendo de Carmel Gat, Eden Yerushalmi, Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e o sargento-mor Ori Danino.
Eles faziam parte das 251 pessoas que foram feitas reféns durante a operação de 7 de outubro do ano passado.
“Eles foram brutalmente assassinados por terroristas do Hamas antes que pudéssemos libertá-los”, disse o porta-voz das IDF, Daniel Hagari.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que Israel não descansará até que os responsáveis pelos seus assassinatos sejam levados à justiça.
Em um comunicado, ele também disse que o seu governo está empenhado em chegar a um acordo para libertar aqueles que permanecem em cativeiro e proteger a segurança do país.
“Quem mata reféns não quer acordo”, acrescentou.
Separadamente, um grupo que representa as famílias dos reféns em Gaza exigiu que Netanyahu “se dirija à nação e assuma a responsabilidade pelo abandono dos reféns”.
O Fórum de Famílias de Reféns disse que as seis pessoas foram “mortas nos últimos dias, depois de sobreviverem a quase 11 meses de abuso, tortura e fome no cativeiro do Hamas”.
“O atraso na assinatura de um acordo causou a morte dele e de muitos outros reféns”, acrescentaram.
O grupo também anunciou planos para “parar a nação” no domingo, apelando ao público israelense para se juntar aos protestos em Jerusalém, Tel Aviv e outras partes de Israel para pedir um acordo de troca de reféns.
Na declaração de domingo de manhã anunciando as mortes, as IDF observaram que os corpos tinham sido “devolvidos ao território israelense”.
“Todos foram feitos reféns em 7 de outubro [de 2023] e assassinados pela organização terrorista Hamas na Faixa de Gaza.”
O comunicado acrescenta que suas famílias já foram notificadas.
O presidente israelense, Isaac Herzog, disse que “o coração de uma nação inteira está partido com a notícia”.
“Em nome do Estado de Israel, abraço suas famílias de todo o coração e peço desculpas por não poder trazê-los para casa em segurança”, acrescentou.
Reações
Mas após a confirmação da morte de Goldberg-Polin, cidadão norte-americano, o presidente dos EUA, Joe Biden, se declarou “devastado e indignado” com a notícia.
Ele disse em um comunicado que “Hersh estava entre os inocentes brutalmente atacados enquanto participava de um festival de música pacífica em Israel em 7 de outubro”.
“Ele perdeu o braço ajudando amigos e estranhos durante o selvagem massacre do Hamas. Tinha acabado de completar 23 anos. Planejava viajar pelo mundo”, disse o presidente americano.
Ele acrescentou: “Conheci seus pais, Jon e Rachel. Eles foram corajosos, sábios e firmes, mesmo quando suportaram o inimaginável”, acrescentou Biden.
Os militares israelenses lançaram ataques em Gaza para destruir o Hamas em resposta ao ataque sem precedentes ao sul de Israel em 7 de outubro, durante o qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e outras 251 foram feitas reféns.
Mais de 40.530 pessoas morreram em Gaza desde então, segundo o Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas.
Mediadores americanos, egípcios e do Catar tentam negociar um acordo de cessar-fogo que permitiria ao Hamas libertar os 97 reféns ainda detidos, incluindo pelo menos 27 presumivelmente mortos, em troca de prisioneiros palestinos nas prisões israelenses.
A descoberta dos corpos ocorre no momento em que uma campanha de vacinação contra a poliomielite de vários dias liderada pela ONU começa em Gaza, após a descoberta do vírus potencialmente mortal encontrado em amostras de esgoto há alguns meses.
Israel e o Hamas concordaram com três “pausas humanitárias” nos combates, previstas para começar no domingo, para que as autoridades possam vacinar cerca de 640 mil crianças com menos de 10 anos.
A medida ocorre depois que a primeira infecção em mais de 25 anos foi detectada em uma criança palestina de 10 meses no mês passado.