A entrega, pelo Governo do Estado, da primeira etapa das obras de restauro do teto do Santuário do Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife, foi um dos temas em destaque na reunião plenária desta quinta (28). O desabamento, ocorrido em 30 de agosto, deixou duas pessoas mortas e outras 25 feridas. Também repercutiu na Alepe o indiciamento, pela Polícia Federal, de dois deputados federais que fizeram críticas ao delegado que conduziu o inquérito contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados por suposta tentativa de golpe de estado.
O deputado João Paulo (PT) reconheceu o trabalho da governadora do Estado, Raquel Lyra, pela agilidade das obras no Morro da Conceição. A primeira fase da entrega da obra foi realizada na terça (26) e recebeu visita dela e da sua vice, Priscila Krause.
EFICIÊNCIA – João Paulo elogiou Governo pela agilidade no restauro de santuário. Foto: Nando Chiappetta
Conforme destacou o petista, a estrutura do teto foi reconstruída e entregue no prazo prometido pelo governo, menos de três meses depois do desabamento. “Nós temos a compreensão da importância da fé e da quantidade de fieis que sobem o Morro da Conceição. A agilidade com que a obra foi feita é um momento significativo”, afirmou o parlamentar.
A Igreja deve receber o público religioso para a Festa no Morro, uma das maiores celebrações católicas de Pernambuco, que contará com uma programação de 11 dias, a partir de 28 de novembro até o dia 8 de dezembro, no dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição.
João Paulo também elogiou as parcerias da gestão Raquel Lyra com o Governo Federal, do presidente Lula. Ele disse que existe uma “relação republicana” que tem proporcionado investimentos para Pernambuco. Citou ainda a visita do ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao Estado, na quarta-feira, quando acompanhou obras ao lado da governadora.
O deputado Coronel Alberto Feitosa (PL) enalteceu a postura do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que criticou o indiciamento, pela Polícia Federal, dos deputados federais Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB). Os dois parlamentares foram acusados de calúnia e difamação após fazerem críticas esta semana, em discursos no Plenário, contra o delegado federal Fábio Alvarez Shor.
CRÍTICAS – Coronel Alberto Feitosa defendeu a liberdade de expressão no parlamento. Foto: Nando Chiappetta
Shor foi o responsável pelo inquérito que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativas de golpe de Estado – para manter-se no poder após a derrota nas eleições de 2022 – e de abolição do Estado democrático de direito, além de organização criminosa.
Feitosa destacou o posicionamento de Lira, que colocou a Procuradoria e a Advocacia da Câmara à disposição dos deputados indiciados. Ele também respaldou a avaliação de Lira sobre um possível cerceamento do direito ao debate e à crítica na tribuna, por ameaças de possíveis perseguições policiais.
“Não podemos, de maneira alguma, deixar de fazer o registro de que é absurdo um parlamentar, seja ele federal ou estadual, ser indiciado por fazer críticas na tribuna, onde exerce sua atividade, contra um delegado da Polícia Federal”, pontuou.