Comissões definem presidentes em reuniões sem a bancada governista

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VOTAÇÕES – Foram eleitos Alberto Feitosa (Justiça), Antonio Coelho (Finanças) e Waldemar Borges (Administração). Foto: Roberto Soares

As comissões de Justiça, Finanças e Administração Pública da Alepe se reuniram neste sábado (15), em segunda convocação, para a eleição de presidentes e vice-presidentes. Para comandar os colegiados no biênio 2025-2026, foram escolhidos, respectivamente, os deputados Coronel Alberto Feitosa (PL), Antonio Coelho (União) e Waldemar Borges (PSB). Deputados da base governista, que na véspera questionaram a legitimidade da convocação feita pela Presidência da Casa, não participaram das votações.

As eleições de Administração e de Finanças foram coordenadas por Feitosa,  por ser o parlamentar com maior número de legislaturas (atualmente no quinto mandato). A de Justiça foi presidida por Waldemar Borges, já que o deputado do PL estava impedido, por concorrer à Presidência.

Justiça

TITULARES – Comissão de Justiça foi a primeira a definir o comando no biênio 2025-2026. Foto: Roberto Soares

O primeiro colegiado a dar início à escolha dos coordenadores foi a Comissão de Justiça. Na ocasião, os deputados Alberto Feitosa e Edson Vieira (União) foram eleitos presidente e vice-presidente do grupo, respectivamente. Ambos receberam a unanimidade dos votos dos presentes. Além deles, apenas Débora Almeida (PSDB) havia se candidatado à presidência, mas não compareceu à eleição.

O presidente da comissão no biênio anterior, deputado Antônio Moraes (PP), também não foi ao encontro. Na sua ausência, Waldemar Borges presidiu a reunião. Durante o discurso de abertura, Borges explicou que, por determinação regimental, caberia a ele a função, já que era o integrante mais idoso — e não era candidato a cargos.

MESA – Após eleição, Feitosa apresentou ofício formalizando a renúncia ao cargo de quarto-secretário. Foto: Roberto Soares

Após a votação, Feitosa fez questão de reconhecer o apoio do colegiado, e aproveitou o momento para apresentar ofício, formalizando a renúncia ao cargo de quarto-secretário da Mesa Diretora. “Minhas primeiras palavras obviamente têm que ser de agradecimento a todos os colegas que me honraram a responsabilidade da escolha para ser presidente dessa comissão”, destacou o deputado, convocando a primeira reunião para a próxima semana.

Finanças

Na Comissão de Finanças, além de Antonio Coelho na presidência, Diogo Moraes (PSB) foi escolhido para ocupar a vice-presidência. Eles receberam os votos de cinco dos oito titulares do colegiado, recebendo o apoio de Cayo Albino (PSB), Coronel Alberto Feitosa e Junior Matuto (PSB). Os três titulares restantes, Débora Almeida (PSDB), Gustavo Gouveia (Solidariedade) e Henrique Queiroz Filho (PP), não estiveram presentes. 

COMANDO – Após a eleição, Antonio Coelho agradeceu o apoio recebido no colegiado de Finanças. Foto: Roberto Soares

“Todo esse processo foi  amparado no que preconiza o Regimento Interno, que foi observado a todo momento, com muito cuidado, em todos os nossos procedimentos, em particular no dia de ontem e de hoje”, disse Feitosa, ao presidir a eleição. 

Após a eleição, Antonio Coelho agradeceu o apoio recebido pelos deputados presentes, e que buscará ajuda de todos os membros da Comissão. Ele indicou, ainda, que o colegiado deve começar a analisar projetos (inclusive de outros poderes) que estão “represados”, à espera do início dos trabalhos das comissões. 

O novo presidente  ainda elogiou a deputada Débora Almeida, que presidiu a Comissão de Finanças no biênio anterior.  “Ela é uma parlamentar de excelentes qualificações, e a história desse colegiado saberá reconhecer as suas contribuições no período em que ela esteve à frente da comissão”, declarou.

Administração

Na Comissão de Administração Pública, foram eleitos, pela unanimidade dos membros titulares presentes, os deputados Waldemar Borges e Antonio Coelho para os cargos de presidente e vice-presidente, respectivamente. A votação também foi conduzida pelo deputado Coronel Alberto Feitosa, devido à ausência de Joaquim Lira (PV), que esteve à frente do colegiado no biênio anterior.

PRINCÍPIOS – Waldemar Borges afirmou que agirá com responsabilidade, capacidade de diálogo e autonomia. Foto: Roberto Soares

“Seguiremos sendo orientados por nossos princípios de responsabilidade, capacidade de diálogo e de garantia de autonomia desta Comissão”, enfatizou Borges. O presidente eleito ainda elogiou o trabalho realizado por seu antecessor. “Que possamos continuar nessa mesma trilha para que tenhamos, cada vez mais, uma Casa que represente o conjunto da sociedade pernambucana e que obedeça rigorosamente o que determina a relação entre os poderes, no sentido da colaboração, independência e autonomia”, concluiu.

Antonio Coelho, por sua vez, agradeceu a confiança dos colegas em elegê-lo para a Vice-Presidência, e se disse honrado em poder exercer a função.


Também participaram da reunião Diogo Moraes, membro titular do colegiado, Edson Vieira, que integra a suplência, e os deputados Cayo Albino, Junior Matuto e Sileno Guedes (PSB), que não fazem parte da Comissão. Já os demais titulares, Izaías Régis (PSDB), Jeferson Timóteo (PP) e Joaquim Lira não compareceram.

Questionamentos

Na véspera, os deputados da Alepe travaram debates sobre a legitimidade da convocação para a instalação das comissões permanentes e eleição de presidentes e vice-presidentes, feita pelo presidente em exercício Rodrigo Farias (PSB). O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial na quinta (13). A divergência centrou-se na interpretação do Regimento Interno.

Os deputados Débora Almeida e Antônio Moraes – que presidiram Justiça e Finanças, respectivamente, no biênio 2023-2024 – questionaram a convocação feita pela Presidência da Alepe, alegando que, pelo regimento, caberia aos presidentes dos colegiados conduzir o processo. Ele ainda informaram sobre a apresentação de um recurso à Mesa Diretora para que a questão seja debatida em Plenário.

Na Comissão de Administração Pública, o então presidente Joaquim Lira recusou-se a abrir a reunião, classificando a convocação como “açodada”. 

Durante os debates, em apoio à determinação do presidente em exercício da Alepe, Antonio Coelho argumentou que o regimento é omisso com relação à convocação para a instalação das comissões no segundo biênio da legislatura. Ele ainda citou normas da Câmara dos Deputados que podem ser aplicadas, subsidiariamente, nestes casos.

Como, na ausência do presidente e do vice, o regimento prevê que a presidência da da eleição compete ao parlamentar com maior número de legislaturas, no caso Feitosa (que está no quinto mandato), ele presidiu as reuniões de Finanças e de Administração. No impedimento dele (como candidato a presidente do colegiado), Waldemar Borges – como o mais idoso presente e com quatro mandatos – presidiu a Comissão de Justiça.

Com o impasse e a ausência da totalidade dos membros titulares – condição para que houvesse a votação em primeira convocação – as reuniões de sexta foram encerradas sem votação, mantendo a segunda convocação para o sábado.


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