Publicado em
28/07/2021 17h44
Atualizado em
29/07/2021 16h33
Esportistas da canoagem slalom e boxe recebem o Bolsa Atleta e fazem parte do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas
Publicado em
28/07/2021 17h44
Atualizado em
29/07/2021 16h33
Seja em quadra ou na água, atletas brasileiros avançam nos Jogos Olímpicos de Tóquio e garantem vagas nas semifinais. Foi o que ocorreu no tênis feminino de duplas, boxe e na canoagem slalom nesta quarta-feira (28).
Na Canoagem Slalom, Ana Sátila e Pepê Gonçalves garantiram presença nas semifinais. Os dois semifinalistas recebem o Bolsa Pódio, a principal categoria do Bolsa Atleta que prevê repasses de R$ 5 mil a R$ 15 mil e é voltada para atletas que se posicionam entre os 20 melhores do mundo em suas categorias. Os dois integram o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR). Ana pela Força Aérea Brasileira e Pepê pela Marinha.
Ana Sátila disputou as classificatórias do C1 (canoa individual) e fechou o dia com o quarto melhor tempo entre os 24 competidores. A atleta conheceu a canoagem ainda pequena por incentivo do pai. Ela foi a mais jovem da delegação brasileira em Londres 2012 e também esteve nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. É dona de três ouros e uma prata nos Jogos Pan Americanos de Toronto 2015 e Lima 2019.
Pepê Gonçalves está na semifinal do K1 Masculino (caiaque individual). O caiaque é a prova mais rápida da Canoagem Slalom e uma das mais disputadas. Ao todo, 24 atletas estavam na água e 20 passaram para a semifinal.
Essa é a segunda participação de Pepê em Jogos Olímpicos. Na estreia, no Rio 2016, ele fez história ao chegar em uma final e garantir a sexta colocação. Em 2020, na Copa do Mundo realizada em Tacen, na Eslovênia, ele conquistou a medalha de bronze. Tem ainda dois ouros conquistados no Pan de Lima 2019.
A etapa decisiva do C1 será nesta quinta-feira (29) e a do K1 na sexta-feira (30).
Por meio do Bolsa Atleta, entre 2017 e 2020 foram investidos R$ 2,86 milhões na concessão de 121 bolsas para atletas da modalidade. A canoagem slalom é uma das 19 modalidades com presença brasileira em Tóquio em que 100% dos inscritos recebem a Bolsa Atleta.
A canoagem slalom estreou nos Jogos Olímpicos na edição de Munique, em 1972, mas só retornou ao programa dos Jogos 20 anos depois, em Barcelona no ano de 1992.
No boxe, o Brasil tem dois esportistas que recebem o Bolsa Atleta nas quartas de final. O pugilista Abner Teixeira, na categoria peso pesado (até 91kg) e Keno Marley Machado, na categoria meio-pesado (-81kg). Ambos integram ainda o Programa Atletas de Alto Rendimento das Forças Armadas, pelo Exército brasileiro.
Keno de 21 anos, baiano de Supeaçu, já foi três vezes campeão nacional e campeão continental juvenil e ainda faturou a medalha de prata nos Jogos Pan-Americano de Lima 2019. O boxeador venceu por unanimidade o chinês Daxiang Chen, em luta encerrada no segundo round por nocaute técnico nesta quarta-feira (28) e garantiu sua vaga nas quartas de final. Se vencer, ele assegura ao menos a medalha de bronze, já que nos Jogos Olímpicos os dois atletas derrotados nas semifinais vão ao pódio. A disputa será na sexta-feira (30).
Já o paulista Abner, de 24 anos, derrotou o britânico Clarke Cheavon por 4 a 1, na noite dessa terça (27), manhã no Brasil. O atleta é medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 e heptacampeão brasileiro. A próxima disputa também será na sexta-feira (30).
O boxe recebeu repasse direto via Bolsa Atleta de R$ 6 milhões no ciclo Rio – Tóquio, investimento que se reverteu na concessão de 431 bolsas. São contemplados seis dos sete integrantes da equipe brasileira em Tóquio.
Na história, o Brasil conta com cinco medalhas conquistadas em Jogos Olímpicos no boxe: um ouro, uma prata e três bronzes. O lugar mais alto do pódio foi conquistado por Robson Conceição, na categoria até 60kg, nos Jogos Rio 2016, no Rio de Janeiro
Em um jogo disputado e uma vitória de virada, Luisa Stefani e Laura Pigossi conquistaram uma vaga na semifinal da chave de duplas do tênis feminino. Com a vaga na semifinal, Laura e Luisa se tornaram as primeiras tenistas brasileiras a chegar para esta fase em um torneio olímpico. Desde o primeiro confronto, Luisa, 23ª do ranking mundial de duplas, e Laura, 188ª na mesma lista, enfrentaram grandes rivais para chegar à semifinal e fazer história para o tênis feminino brasileiro.
No jogo de quarta elas derrotaram de virada as norte-americanas Bethanie Matter-Sands e Jessica Pegula, por 2 x 1, com parciais de 1/6 6/3 e 10/6 no tie-break decisivo.
A atleta Luisa Stefani, 23 anos, é uma das tenistas da equipe brasileira que recebe o apoio do Bolsa Atleta na categoria Internacional para se preparar para o esporte e afirmou que a partida foi dura.
“Estamos levando todos os jogos ponto a ponto, indo até o final, lutando. Não tem jogo fácil aqui. Todas essas meninas são campeãs, são ótimas tenistas, já ganharam medalha olímpica. É uma grande vitória, mas o mais importante é fazer o nosso e continuar competindo com o todo o coração e fazendo nosso melhor”, disse Luisa Stefani.
Nas semifinais, nesta quinta-feira (29) Luisa e Laura enfrentam as suíças Viktorija Golubic e Belinda Bencic.
A equipe nacional de tênis que está em Tóquio compete com sete atletas, cinco deles apoiados com a Bolsa Atleta do Governo Federal. No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, a modalidade recebeu investimento direto, via Bolsa Atleta, de R$ 3,6 milhões.
A modalidade estreou na primeira edição dos Jogos da Era Moderna, em 1896, na Grécia, mas saiu do programa em 1924, nos Jogos de Paris. A retomada ocorreu 64 anos depois, nos Jogos de Seul, na Coreia do Sul, em 1988.
O Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal, divulgou esse ano a maior lista de esportistas atendidos pelo programa. São 7.197 contemplados com um investimento de R$ 143,4 milhões e outros 274 atletas apoiados pelo último edital da Bolsa Pódio, destinada aos que se posicionam entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade com recursos de R$ 36,72 milhões.
O Bolsa Atleta faz parte do tripé formado ainda pela Lei das Loterias e Lei de Incentivo ao Esporte que tornam o Governo Federal no maior patrocinador esporte olímpico e paralímpico no país, com um investimento anual superior a R$ 750 milhões. Nesse valor estão abrigados o tripé que hoje representa a maior fonte de investimento do esporte brasileiro, formado pela Lei das Loterias, Bolsa Atleta e Lei de Incentivo ao Esporte.
O Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) das Forças Armadas foi criado em 2008 com o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível. Atualmente, é integrado por 551 militares atletas em 30 modalidades. Desse total, 92 embarcaram para Tóquio. Com esse número, a equipe brasileira que disputa medalhas tem mais de 30% de atletas militares. São 44 da Marinha, 26 do Exército e 22 da Aeronáutica.
Os atletas militares contam com os benefícios da carreira militar como soldo, assistência médica, acompanhamento nutricional e de fisioterapeuta. Além de estruturas esportivas adequadas para treinamento em organizações militares.
Medalhas – O Brasil já conquistou cinco medalhas nas Olimpíadas de Tóquio
Kelvin Hoefler – o skatista conquistou a primeira medalha do Brasil em Tóquio, ao levar a prata na categoria street. O paulista de Itanhaém recebe o Bolsa Atleta na categoria Pódio, destinada aos que se posicionam entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade.
Rayssa Mendes Leal – Rayssa Leal, a Fadinha, conquistou a medalha de prata, também no skate, na categoria street. A maranhense de apenas 13 anos tornou-se a brasileira mais jovem a receber uma medalha olímpica. É tão nova que não atende, ainda, os requisitos do Bolsa Atleta, que exige idade mínima de 14 anos para os patrocínios.
O skate foi integrado ao Bolsa Atleta a partir da inclusão da modalidade nas Olimpíadas e recebeu R$ 3,2 milhões para o ciclo. Com os recursos, foram concedidas 65 bolsas para atletas da modalidade
Daniel Cargnin – a medalha de bronze, foi conquistada pelo judoca gaúcho de 23 anos na categoria peso meio-leve, até 66 kg. O 3º Sargento da Marinha Daniel Cargnin é o primeiro militar atleta a subir no pódio nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão. Ele integra o Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas e também recebe o Bolsa Atleta na categoria Pódio.
O judô é o esporte individual que mais rendeu medalhas ao Brasil na história dos Jogos Olímpicos. São 23, com quatro de ouro, três de prata e 16 de bronze. Para Tóquio, a delegação brasileira conta com 13 esportistas, sendo que 11 fazem parte do Bolsa Atleta. No ciclo Rio–Tóquio, o judô brasileiro recebeu investimento direto, via Bolsa Atleta, de R$ 16,2 milhões para concessão de 1.056 bolsas para praticantes do esporte..
Fernando Scheffer – o terceiro-sargento do Exército garantiu uma medalha de bronze para o Brasil e trouxe a natação de volta ao pódio olímpico. O gaúcho de 23 anos levou o bronze nos 200 metros livre. O nadador é mais um medalhista que tem o Bolsa Pódio e desde 2018 integra o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR), do Ministério da Defesa. A medalha de bronze dele é a primeira que o Brasil conquista na natação desde os Jogos de Londres, em 2012. E a primeira na prova desde a prata com Gustavo Borges, em Atlanta, em 1996.
No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, a natação recebeu investimento do Bolsa Atleta, de R$ 23,7 milhões, utilizados para a concessão de 1.189 bolsas. Dos 26 nadadores em Tóquio, 25 estão atualmente ligados ao programa de patrocínio individual do Governo Federal.
Ítalo Ferreira – com 27 anos, vindo de Baía de Formosa (RN), conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O atleta recebe o Bolsa Pódio, a principal categoria do Bolsa Atleta. Ítalo Ferreira entra para a história como primeiro campeão olímpico do surfe já que a modalidade estreou nesta edição das Olimpíadas.
Com a inclusão do surfe no programa dos Jogos, a modalidade passou a integrar o Bolsa Atleta. Nesse ciclo, o investimento direto na modalidade foi de R$ 1,4 milhão, valor suficiente para a concessão de 56 bolsas para praticantes do surfe.
Com informações do Ministério da Cidadania