Audiência na Alepe para Debater Cirurgias Ortopédicas: Compromisso Urgente com o Bem-Estar das Crianças de Pernambuco
A próxima segunda-feira (29.04) marcará um momento crucial na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), com a realização de uma audiência pública voltada para discutir a questão das cirurgias ortopédicas no estado. O presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto, reafirmou o compromisso da Casa em buscar soluções urgentes para aliviar o sofrimento das crianças com microcefalia que aguardam cirurgias corretivas de luxação dos quadris.
O discurso do deputado, proferido nesta terça-feira (23.04) durante uma sessão plenária, destacou a necessidade de ações imediatas diante da demora e silêncio do governo estadual em relação a esse assunto crucial. O caso em questão envolve 138 crianças de todas as regiões do Estado que aguardam por essas cirurgias, cujo procedimento pode corrigir problemas ortopédicos graves decorrentes do Zika vírus.
A presidente da União de Mães de Anjos em Pernambuco, Germana Soares, trouxe para a discussão a angústia vivenciada pelas famílias dessas crianças, relatando a ausência de previsão para retomada das cirurgias após mais de um ano e três meses de gestão estadual. Esse relato foi o estopim para a mobilização da Alepe, que convocou a audiência pública envolvendo as comissões de Saúde, da Mulher e de Direitos Humanos, juntamente com a Frente Parlamentar em Defesa dos Profissionais de Enfermagem.
O deputado Álvaro Porto enfatizou a necessidade de ouvir os representantes do governo, como a secretária de Saúde Zilda do Rego Cavalcanti e o Coordenador de Neuro Ortopedia, Ricardo Lyra, para que sejam apresentadas as medidas concretas que serão adotadas para atender ao pedido de socorro das mães dessas crianças. A expectativa é que a audiência traga esclarecimentos sobre os próximos passos para resolver essa situação tão delicada.
No seu discurso, o deputado também ressaltou a discrepância de investimentos, mencionando que enquanto as cirurgias necessárias representam aproximadamente R$ 5 milhões, o governo de Pernambuco contratou consultoria do Hospital Albert Einstein por R$ 23,2 milhões. Essa disparidade levanta questões sobre as prioridades e urgências na gestão dos recursos públicos.
Porto concluiu seu pronunciamento destacando o compromisso da Alepe em buscar soluções urgentes para garantir um mínimo de qualidade de vida para as crianças afetadas e suas famílias. A audiência pública se apresenta como uma oportunidade crucial para colocar em pauta a realidade dessas crianças, que são vítimas de uma situação decorrente da negligência do Estado no controle do Aedes aegypti e da disseminação do Zika vírus. A esperança agora reside na ação efetiva do Legislativo para enfrentar essa crise humanitária.
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