Um estudo recente divulgado pelo governo federal revelou que cerca de um milhão de pessoas em Pernambuco residem em áreas vulneráveis às mudanças climáticas, o que equivale a 11,6% da população do estado. Essa porcentagem coloca Pernambuco em terceiro lugar entre os estados com maior proporção de habitantes em áreas de risco, atrás apenas da Bahia (17,3%) e do Espírito Santo (13,8%).
O levantamento identificou que 106 municípios pernambucanos estão vulneráveis, sendo que 53 deles estão em uma situação considerada crítica. Esses dados são parte de um estudo mais amplo que abrangeu todo o Brasil, indicando que 1.942 municípios brasileiros são mais suscetíveis a deslizamentos, enxurradas e inundações.
Essas cidades devem ser prioritárias em ações preventivas do governo federal para gestão de risco e desastres naturais. No estado, o Recife é a cidade com maior número de habitantes vivendo em áreas de risco, seguido por Jaboatão dos Guararapes, onde 29,2% dos moradores estão nessa situação.
O estudo foi coordenado pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, vinculada ao Ministério da Casa Civil, e visa mapear os pontos de risco para definir soluções e priorizar obras de infraestrutura. No entanto, a realidade mostra que ações concretas e rápidas são necessárias, especialmente em comunidades como o Morro da Macaca, na Vila dos Milagres, onde a vida dos moradores é marcada pela incerteza e falta de segurança.