Os professores das universidades Federal (UFPE) e Federal Rural (UFRPE) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) decidiram continuar a greve após assembleias realizadas desde quinta-feira (23). A paralisação, que é parte de um movimento nacional, já dura quase um mês.
No estado, as aulas nas três instituições estão suspensas desde 29 de abril, quando os docentes da UFRPE aderiram à greve, juntando-se aos outros professores. Entre as reivindicações estão a reestruturação das carreiras, a recomposição salarial e orçamentária, além da revogação de medidas implementadas durante os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
As assembleias dos professores da UFPE e do IFPE ocorreram nesta sexta-feira (24), enquanto a dos docentes da UFRPE foi realizada na quinta-feira (23). O g1 procurou o Ministério da Educação, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Os trabalhadores se reuniram após o governo federal apresentar uma proposta de reajuste salarial entre 23% e 43% até 2026, a ser implementado em duas parcelas a partir do próximo ano. No entanto, a proposta não foi suficiente para atender às demandas da categoria. Segundo a Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Aduferpe), a proposta de aumento do orçamento em R$ 347 milhões foi considerada insuficiente. A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe) informou que 965 profissionais votaram contra a proposta, enquanto 546 foram a favor e 37 se abstiveram. Na assembleia da UFRPE, 114 votos foram a favor da continuidade da greve e três contra, e a proposta também foi rejeitada pelos professores do IFPE.