Pernambuco: 500 mil raios

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Até o final de abril, mais de 200 mil raios atingiram Pernambuco, de acordo com dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse número representa um aumento de 81,37% em relação ao mesmo período de 2023. Considerando apenas os raios que atingiram o solo, conhecidos como “nuvem-solo”, foram registrados 217.171 raios até o final de abril deste ano, contra 115.058 no mesmo período do ano passado, um aumento de 88,75%.

Se somarmos os raios “nuvem-solo” com os que se formam dentro das nuvens e não chegam a atingir o solo (“intra-nuvem”), Pernambuco registrou um total de 539.213 raios entre 1º de janeiro e 30 de abril de 2024. O aumento desses fenômenos pode ser atribuído, em parte, às mudanças climáticas causadas pelo efeito estufa, que têm impactos significativos na atmosfera, oceanos e camadas de gelo.

O professor Zanoni Lins, coordenador do curso de engenharia elétrica da UFPE, explicou que o aumento da temperatura dos oceanos contribui para o aumento da evaporação e, consequentemente, da formação de nuvens. Com mais nuvens, há mais descargas atmosféricas, resultando em um maior número de raios. Ele ressaltou que essa tendência de aumento deve continuar nos próximos anos, inclusive em áreas urbanas, devido à formação de ilhas de calor e à concentração de poluição.

O Elat aponta que, para cada grau de aumento na temperatura global, o número de relâmpagos pode aumentar entre 10% e 20%. A região tropical, como o Nordeste brasileiro, é a mais afetada por esse fenômeno. Além das mudanças climáticas, fenômenos como El Niño e La Niña, que alteram a temperatura da água do Oceano Pacífico e influenciam na circulação dos ventos e nas temperaturas, também podem contribuir para o aumento de tempestades e raios na região.

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