A emergência climática no Brasil está impactando cada vez mais a sociedade com secas severas, ondas de calor e eventos climáticos extremos que afetam a segurança alimentar, a saúde pública e a economia. No contexto de um aumento global da temperatura em 1,1°C, o país já registra perdas econômicas superiores a US$ 60 bilhões, especialmente em regiões vulneráveis como a Amazônia e o Pantanal, que enfrentam incêndios e inundações. Estima-se que mais de 125 milhões de brasileiros tenham sido afetados por essas mudanças climáticas, exigindo ações urgentes de adaptação e mitigação.
O Brasil tem se comprometido em metas climáticas com a ONU e busca avanços em áreas de energia renovável e conservação florestal, mas ainda precisa de ações robustas e integradas, especialmente em áreas urbanas e rurais mais impactadas.
Com a escolha de Belém como sede da COP30 em 2025, a questão da preservação da Amazônia ganha ainda mais destaque, pois a conferência reunirá líderes globais em um local que simboliza a urgência do combate ao desmatamento e à degradação ambiental. Em 2022, o Brasil registrou recordes de desmatamento na Amazônia, contribuindo para as mudanças climáticas e ameaçando ecossistemas e comunidades locais.
Além da questão ambiental, o Brasil busca alinhar-se com metas globais de redução de emissões de gases de efeito estufa, e a COP30 representa uma oportunidade de liderar discussões sobre soluções sustentáveis e de longo prazo para o desenvolvimento na região. No evento, espera-se que o Brasil apresente compromissos reforçados de sustentabilidade, com apoio do governo federal e internacional. A presença da COP na Amazônia também visa fortalecer a infraestrutura de Belém, esperando-se melhorias no transporte e acessibilidade, o que poderá deixar um legado para a região após o evento.
Esse contexto torna a COP30 uma oportunidade única para o Brasil demonstrar liderança climática em meio a pressões internas e externas por ações sustentáveis que protejam a floresta e atendam a desafios socioeconômicos locais e globais.
A sociedade tem um papel fundamental na resposta à emergência climática, agindo em três esferas principais: educação, participação ativa e escolhas de consumo.
A combinação de atitudes conscientes e mobilização em todas essas áreas permite que a sociedade influencie diretamente a resposta à crise climática, reforçando a responsabilidade compartilhada entre governo, empresas e cidadãos para um futuro mais sustentável.