A análise de Ricardo Kotscho destaca que, no contexto da tragédia provocada pelas chuvas no Rio Grande do Sul, a política tem sido mais obstáculo do que a própria burocracia na liberação de recursos e ações para o estado. Ele observa que o governador Eduardo Leite tem feito constantes pedidos de recursos ao governo federal em suas entrevistas coletivas, o que pode passar a impressão de uma cobrança excessiva ao Presidente.
Kotscho ressalta que o papel do ministro Paulo Pimenta, como representante do governo federal, deveria ser o de intermediar as necessidades do governo estadual com as possibilidades de ação do governo federal. Nesse sentido, ele enfatiza que não seria necessário que o Presidente Lula tomasse a frente nesse processo, destacando que o ministro deveria estar desempenhando esse papel.
O comentarista também levanta questões sobre o relacionamento entre o governo estadual e o federal, apontando que apesar dos esforços do governo federal para ajudar o Rio Grande do Sul, há uma sensação de crítica constante vinda do governo estadual, o que pode gerar questionamentos sobre a viabilidade de atender a todas as demandas. Kotscho destaca a importância da agilidade nas ações governamentais diante da emergência, especialmente considerando o início das demissões em massa no polo petroquímico de Triunfo.